Rebeldia
quinta-feira, agosto 02, 2007
Oii minna-san!! À muito que não apareço por cá, mas tem havido uns probleminhas. Como já puderam ver fiz umas alteraçõs no blog e a partir deste momento só me dedicarei a este blog. O outro que tinha foi eliminado. Bom, mas não estou aqui para falar das minhas mudanças, mas sim de algo que prometi ao meu público da
Em busca de um anjo. Disse-lhes que estava a fazer umas fics sobre as minhas personagens, possíveis acontecimentos, mas nada a ver com a história principal. Hoje vou postar uma fic que uma leitora tem pedido muito. Yup, crAzy.GiRl, hoje é o teu dia de sorte. Queridos leitores aqui tem ao vosso dispor um Alexander x Haruka. É uma espécie de UA (universo alternativo) de um só capítulo.
Espero que gostem.
♠♠ Rebeldia ♠♠
Tipo: Romance leve
Par: Alexander x Haruka
- Haruka-senpai! – a jovem de cabelos liláses virou-se para trás fazendo a saia do uniforme rodar e os seus longos cabelos balançarem.
- O que se passa Shiori? – a rapariga de cabelos de vinho corou um pouco ao encarar o olhar gentil da sua senpai.
- A senpai hoje não vai à reunião dos delegados de turma?
- Hoje não posso, tenho coisas a resolver. – respondeu com um sorriso falso. – Ja ne, Shiori. – com isto Haruka deu as costas à outra e seguiu o seu caminho pelos corredores do colégio.
Haruka Mishima era considerada uma das melhores alunas do colégio que frequentava. Tirava sempre as notas mais altas dos alunos do seu ano nos testes finais, era muito boa em todos os desportos, tinha um físico elegante e vistoso. Possuía um rosto calmo e sério, olhos vermelhos e cabelo lilás sempre arrumado num alto rabo-de-cavalo. A sua família era dona de uma linha de empresas e fábricas de brinquedos. Os seus pais tinham sido os fundadores. Agora, mesmo com a morte da mãe de Haruka, o negócio continua. Devido ao emprego do pai, Haruka tornou-se num típica menina rica e popular que todos adoram e admiram. Graças à sua inteligência e fama fora nomeada delegada de turma e também possuía um importante papel no colégio.
Haruka tinha aquilo que todas as jovens da sua idade poderiam desejar. No entanto, Haruka não se importava com a riqueza nem com nada que tinha. Após perder a mãe aos cinco anos que nada mais importou na sua vida. Apenas mantinha as aparências para não desapontar o pai. Tinha-se enganado a si própria durante 12 anos apenas para poder ver o pai feliz. Mas cada vez mais Haruka sentia que não tinha feito a escolha acertada. Há já algum tempo que sentia um vazio dentro de si, uma solidão inexplicável, mas não sabia o que fazer acerca dela. Tinha vontade de mostrar ao pai o que realmente sentia. Queria revoltar-se, despejar tudo o que tinha guardado só para si durante anos. Queria ser livre.
Enquanto caminhava pelas ruas da metrópole via o movimento da cidade. Todos pareciam estar ocupados, todos pareciam ter a sua mente ocupada com alguma coisa importante, excepto ela. Mais cedo do que a cidade esperava pequenas gotas começaram a cair do céu, aumentando cada vez mais em tamanho, força, número e intensidade. As pessoas começaram a correr tentando chegar mais depressa ao seu destino ou na tentativa de encontrar abrigo. Haruka não era excepção. Com a pasta por cima da cabeça, corria tentando encontrar abrigo. O mais aconselhável seria a que seguisse para casa, mas Haruka não queria voltar. Por isso continuou a correr e era isso que planeava fazer até ter uma ideia melhor se não ouvisse uma mota muito perto dela.
- Oi, matte! (Ei, espera) – disse a voz do condutor da mota.
Haruka parou e olhou para a pessoa. O condutor montava uma mota ligeiramente grande, preta e prateada. Vestia um casaco de cabedal vermelho e branco, umas calças pretas de fazenda e calçava sapatos de colégio. Haruka reparou num pormenor das calças: abaixo do bolso esquerdo havia um símbolo, uma espécie de emblema.
- “É o emblema do colégio...ele também anda lá?”
O rapaz mantinha os seus olhos negros na rapariga. Mesmo por debaixo do capacete conseguia ter uma boa vista sobre ela.
- Nanda? (O que foi?) – perguntou um pouco descansada ao saber que o dono da mota frequentava o seu colégio.
- Eu levo-te a casa. – disse oferecendo um capacete a Haruka.
- O quê? Achas mesmo que vou deixar um estranho levar-me? – perguntou irritada.
- Tem calma, Haruka Mishima. Estamos no mesmo colégio. E para deixares de me considerar um estranho, sou Alexander Ustinov. – respondeu com um sorriso convencido embora Haruka não o conseguisse ver por causa do capacete. Deixando a chuva molhá-la um pouco mais Haruka pensou por instantes, mas deixou a racionalidade de lado e agarrou no capacete. Saltou para a mota e agarrou a cintura de Alexander. – Agarra-te bem. – avisou o rapaz fechando o vidro do capacete e arrancando com a mota.
Durante o caminho Haruka perguntava-se constantemente se teria feito a escolha certa. E o que mais a assustava era o facto de Alexander não lhe ter perguntado o caminho para casa. Haruka começou a reparar que estava em ruas que não conhecia. Assustada, confronta Alexander.
- O que estás a fazer? Este não é o caminho para a minha casa, leva-me de volta! – naquele momento Alexander parou a mota.
- Estás à vontade para sair. – Haruka preparou-se para abandonar a mota. – Mas eu sei que não queres ir para casa. A rua onde te apanhei fica um bocado distante da tua casa. – era verdade. Haruka nunca tivera intenções de voltar a casa naquela tarde. – Se quiseres sair não sou eu quem te vou impedir, mas podes ficar comigo se preferires.
Haruka olhou o rapaz por momentos. Estava ensopada, sem vontade de voltar para casa, na companhia de um estranho e demasiado longe para voltar atrás. Agarrou novamente a cintura do rapaz. Alexander sorriu de canto por debaixo do capacete preto.
- Vamos para algum sítio onde não chova.
Alexander partiu de imediato. Seguiram caminho durante mais algum tempo até que Alexander entra com a mota num armazém abandonado. Após estacionar a mota, ambos saem de cima dela. Haruka, após tirar o capacete, espremeu o cabelo. Estava toda molhada e a roupa estava a começar a colar-se ao seu corpo. Tentou de alguma forma puxá-las para fora de si, mas então percebeu que era inútil. Haruka reparou quando Alexander tirou o capacete e abanou uma massa de cabelos vermelhos e mostrou uns olhos negros interessantes.
- Alexander Ustinov, porque me deste boleia? – perguntou num tom meticulosamente calculado.
- Porque não haveria de dar boleia a uma jovem bonita e indefesa no meio de uma tempestade? – perguntou tentando soar o mais normal possível. Haruka cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha. – Pronto, está bem. Apanhaste-me. – disse derrotado. – Queria conhecer-te.
- Porque nunca falaste comigo no colégio? – perguntou curiosa. Alexander soltou uma risada.
- Porque haveria de ir o rufia do colégio falar com a princesa do colégio?
- Para conhecê-la.
- Teve muita piada. – comentou fingindo um sorriso.
- Mas rufia do colégio? – Haruka aproximou-se do rapaz.
- Talvez rufia seja demais, mas tenho um dom para os sarilhos. – explicou piscando o olho.
- E é por isso que nunca foste falar comigo?
- Bem, tu estás sempre rodeada de pessoas e eu queria falar contigo a sós, num sítio sossegado.
- Como este?
- Suponho que sim.
- Mas porquê eu?
- Porque eu acho-te interessante. És diferente das outras raparigas. Não tens a mania que és rica. Pelo contrário, parece que nem gostas. Admiro isso em ti. – Haruka olhou-o surpresa e ao mesmo tempo confusa.
- Descobriste isso tudo só por olhares para mim?
- Pode-se dizer que sou um óptimo observador.
- Mas mesmo dizendo essas coisas todas, eu não consigo perceber o que tu possas querer de mim.
Alexander encarou em silêncio os olhos vermelhos de Haruka. Engoliu em seco e deixou-se levar pelos instintos. Aquela era uma oportunidade única e não podia desperdiçá-la. Agarrou um dos pulsos de Haruka e em seguida beijou-a. Com o choque a jovem ficou sem saber o que fazer, mas logo tentou afastar Alexander de si.
- O que pensas que estás a fazer? – perguntou irritada e enojada enquanto limpava a boca com a manga da blusa.
- Haruka, eu...
- Tu és exactamente como todos os outros! Nem sei porque raios estou aqui1 – irritada avançou para a saída com intenções de se ir embora até que sente o seu pulso ser agarrado.
- Haruka, espera! Eu não sou como todos os outros! Sei o que já passaste no colégio, mas eu não sou como aqueles tipos, não é isso que quero de ti.
- Ai sim? E como tencionas provar-me isso?
- Eu quero muito mais de ti Haruka. Quero conhecer a princesa do colégio, quero provar que tenho razão acerca de ti, que não és snobe nem convencida e...quero convidar-te para saíres comigo. – Haruka não conseguiu conter a cara de espanto ao ouvir o convite.
- Isso é a sério?
- Suponho que sim. Então, aceitas? – perguntou com o seu sorriso convencido de volta e largando o pulso de Haruka.
- Eu não tenho mesmo nada melhor para fazer este fim-de-semana. Aparece no sábado, a qualquer hora.
- A qualquer hora? – perguntou com um sorriso sugestivo.
- A qualquer hora. – respondeu aproximando-se da saída do armazém. – Já parou de chover.
- Então acho que está na hora de levar a princesa ao seu palácio. – disse aproximando-se da mota.
Haruka dirigiu-se a Alexander com um pequeno sorriso. O rapaz não percebeu bem o que se passava, por isso não deixou de se surpreender quando a rapariga o beijou. Não hesitou em aprofundar o beijo, afinal de contas era o que queria. Haruka largou-o e sorriu.
- Porquê?
- Queria apenas confirmar uma coisa. – respondeu a rapariga indo pegar no seu capacete.
Sim, o vazio que a assombrava podia ser preenchido. E a afronta que tanto queria fazer ao pai estava prestes a concretizar-se. Bastava ela ser rebelde junto do rufia do colégio. A princesa e o rufia, tudo uma questão de rebeldia.
♠♠ Owari ♠♠
E aqui está. Digam então o que acharam, se gostaram, se não gostaram, o que pensam do par, etc. Fico à espera.
Jinhos minna-san!
Bye, bye!
Postado por Xia às 1:15 da manhã
2 Comentários